A reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira (08)
Os resultados do 3º quadrimestre de 2023 da saúde do município foram apresentados em audiência pública, realizada no auditório da Prefeitura de Itatiba na tarde de quinta-feira (08). Na ocasião, o secretário municipal de Saúde, Renan Irabi, demonstrou o cumprimento das metas do período. A reunião foi liderada pelo presidente da Comissão de Educação, Cultura, Saúde e Assistência Social, vereador Cornélio da Farmácia (PL).
Estiveram presentes os vereadores Luciana Bernardo (PDT) e Washington Bortolossi (Cidadania).
Panorama da saúde entre setembro e dezembro
Até o período apresentado, foram arrecadados R$ 465.717.228,43, correspondendo a 100,23% da receita estimada, um acréscimo de 11,59% em relação ao ano de 2022. O plano de despesas, de acordo com o secretário, “está sendo executado de acordo com o que foi pactuado”.
No âmbito da atenção básica, entre setembro e dezembro, foram efetuados 48.729 atendimentos, enquanto as consultas especializadas totalizaram 13.347. Como estratégia para enfrentar o absenteísmo nas consultas, a Prefeitura implementou um sistema de confirmação ativa, enviado um a dois dias antes da consulta agendada, contribuindo significativamente para a redução das faltas na rede de saúde.
Além disso, foram realizadas 47 contratações em diversas áreas da saúde, resultando em um total de 48.723 consultas básicas e 48.169 atendimentos odontológicos. No tocante aos testes rápidos, 6.808 foram conduzidos. A Santa Casa e a UPA registraram 16.277 e 32.535 atendimentos de setembro a dezembro, respectivamente. Destaca-se ainda que diversos procedimentos e mutirões de exames foram realizados, totalizando 302.891 procedimentos durante esse período.
Foram promovidos treinamentos destinados a médicos e técnicos, além da realização de campanhas, como o Outubro Rosa, Novembro Azul, Dezembro Laranja, distribuição de cartilhas de apoio e iniciativas para abordar questões relacionadas à violência, entre outros projetos voltados para a população.
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Dúvidas dos vereadores
A vereadora Luciana Bernardo (PDT) levantou algumas dúvidas e observações durante a audiência, entre elas, a melhoria na questão da demora nos atendimentos da Santa Casa. Além disso, a parlamentar apresentou preocupações acerca dos números de casos de dengue na cidade e região, indagando sobre a existência de reuniões e discussões entre a saúde e outras secretarias, como a Secretaria de Obras, responsável pelas ações de roçadas urbanas.
Dr. Renan esclareceu que, na UPA, há um contingente maior de médicos, possibilitando a realização de uma variedade de exames e o atendimento de casos de baixa ou média complexidade que, anteriormente, seriam encaminhados para a Santa Casa. Ele também abordou a questão dos medicamentos, apontando que, por vezes, a falta ocorre devido a problemas no fornecimento pelos fornecedores. Em relação à dengue, destacou: “75% dos criadouros são encontrados dentro das residências. Campanhas foram realizadas em colaboração com a Prefeitura para promover a limpeza e remoção de entulhos, visando eliminar os focos de proliferação do mosquito. Agentes de saúde fazem visitas domiciliares como parte de um amplo trabalho de conscientização e prevenção”, explicou o gestor.
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O secretário salientou a importância desse esforço, especialmente diante da expectativa de um aumento nos casos durante o período de março a abril, coincidindo com o início da temporada de chuvas.
O vereador Washington Bortolossi (Cidadania) abordou a situação geral da saúde, ressaltando a sobrecarga do sistema. Questionou especificamente sobre as ações relacionadas à hipertensão, diabetes e obesidade, bem como sobre a comunicação entre a Secretaria da Saúde e os cidadãos.
Em resposta, o Dr. Renan esclareceu: “Hipertensão e diabetes são as condições mais recorrentes nas unidades de saúde. É realizado um trabalho preventivo por equipes educativas, em conjunto com o programa do Ministério da Saúde que estabelece metas para atendimentos.”
Em relação à comunicação entre saúde e cidadão, disse: “Há dificuldade de comunicação com os cidadãos, sim. Muitas vezes devido à falta de dados atualizados dos pacientes. Mas implantamos um sistema de atualização em nosso sistema justamente para que esses problemas possam diminuir as falhas ocasionais na comunicação”, finalizou o secretário.