A Câmara realizou na última sexta-feira (19) celebração do Dia da Consciência Negra. Compareceram o secretário municipal de Cultura e Turismo, Luiz Soares de Camargo, o presidente da Câmara, Ailton Fumachi, além dos vereadores Galo Herculano, Leila Bedani e Washington Bortolossi.
“Isso que se quer marcar nesta data: o papel que todos nós temos, compreendendo e respeitando mulheres e homens e pretos. A consciência e igualdade são fundamentais. Que o Dia da Consciência Negra sempre nos inspire a ter uma sociedade mais igualitária e justa”, declarou Luiz.
Já o presidente do Legislativo lembrou o fato de Itatiba ter sido a primeira cidade em que houve emancipação dos escravos, em 29 de abril de 1888; além da existência do Quilombo Brotas, primeira comunidade urbana do tipo a ser reconhecida nacionalmente. “A comunidade itatibense sempre conviveu bem com as diferenças. Recebemos esse evento acolhendo todas as pessoas”, disse Ailton.
Apresentações
Mari Custódio começou a apresentação recitando a “Oração aos nossos antepassados”, da Aldeia Tupinambá. “Aqui e agora semeio uma nova esperança, alegria, união, prosperidade, entrega, equilíbrio, ousadia, fé, força, superação, amor, amor e amor. Que todas as gerações passadas, presentes e futuras sejam agora, neste instante cobertas com um arco-íris de luzes de cura e restauração do corpo, da alma e de todos os relacionamentos. Que a força e a bênção de cada geração alcancem sempre e inundem a geração seguinte. Assim seja. Assim, é”.
Em seguida, acompanhada da irmã Mônica Custódio, performaram apresentação com a temática da representatividade da cultura afro, ao som da música “Lá e cá”, de Leci Brandão. “Nós só queremos paz, essas rosas brancas representam isso. Nós somos alegria, bem-estar, nós temos histórias e honramos todos vocês”, disse a dançarina.
A noite prosseguiu com apresentações de capoeira e maculelê por diversos grupos e escolas de Itatiba. Desde seu surgimento, as danças representam elementos de resistência cultural e da construção da identidade do povo negro no país, com seu caráter cultural e de resistência. A roda de capoeira deu espaço a todos os jogadores e cantos foram entoados, como o “Canto de Liberdade”, que trata sobre a escravidão.
O professor e capoeirista André Roberto Braga falou sobre a importância social da manifestação artística. “A capoeira tem a capacidade de unir. A proposta de hoje é essa: inserir um contexto em que todos tenham espaço. O outro merece compartilhar de todos direitos que usufrui todo ser humano”.
Crédito das fotos: Luis Alexandre Padovani