Ocorreu na última quarta-feira (26) Sessão Extraordinária com a finalidade de ouvir Wilson Stocco, gerente divisional da Sabesp, que respondeu a questionamento de vereadores.
Wilson abriu os trabalhos apresentando os principais dados de atendimento da empresa. Estão previstos nos próximos 30 anos investimentos na ordem de R$ 301,5 milhões. De 2013 a 2019, foram investidos cerca de R$ 140,3 milhões. Em seguida, os vereadores inquiriram o convidado.
O vereador David Bueno (Solidariedade) começou perguntando se a Sabesp está fazendo as ramificações para água no Caminhos do Sol. Além disso, questionou a respeito de parcerias entre a Prefeitura e Sabesp quando são construídos empreendimentos na cidade. Em resposta, Wilson disse que no Caminhos do Sol a Sabesp já construiu adutora, mas ainda não tem rede de distribuição. “Estando regularizado o empreendimento, fazemos o projeto, orçamento etc. Sobrando algum saldo a pagar, o Caminhos tem que arcar com esse custo restante”. Já a respeito dos empreendimentos, “a Sabesp verifica ponto de interligação do reservatório no bairro, ponto de lançamento de esgoto, definimos na diretriz e entregamos a ele, que arca com essas obras. É feito um estudo pela Sabesp, que emite primeiro a viabilidade de atendimento, e depois pela Prefeitura”, afirmou.
Cornélio da Farmácia (PSDB) questionou se já chegou água ao bairro Terras de São Sebastião. Outras questões foram relativas ao mau cheiro em alguns pontos e a potabilidade da água da torneira. “Estamos fazendo licitação para construção de reservatório de um milhão de litros da parte alta do Vivendas, que vai viabilizar o abastecimento no Terras de São Sebastião. Acredito que será feito no ano que vem”, disse Wilson, lembrando que o bairro já tem rede de distribuição de água. Já “o problema do mau cheiro, verificado em bairros como Jardim Vitória e entre o São Francisco e Colina, se deve à quebra da galeria de águas pluviais – que são de incumbência da Prefeitura -, que recebe toda a água que vem da rua, quintais etc”. “Problemas pontuais nós vamos imediatamente tratando”. Por fim, afirmou que a água da torneira é potável vinda da rua; já a da caixa às vezes pode ter alguma contaminação devido à falta de manutenção residencial.
Luciana Bernardo (PDT) também perguntou sobre abastecimento de bairros. “Por que no Encosta do Sol estão passando por falta d’água, sendo que no Distrito Industrial, ao lado, não falta? Como fica o abastecimento no bairro Bela Vista?” Ela comentou, ainda, sobre erosões. Wilson afirmou que a situação do bairro é a mesma encontrada no Caminhos do Sol, onde não há rede de distribuição. “Fizemos orçamento, mas não teve entendimento quanto à execução da obra. Podemos até retomar tratativas”, disse. Já “a população do Bela Vista pode ficar tranquila com relação ao abastecimento porque o empreendimento terá rede própria”. “Nas partes baixas, margeando ribeirões, existe erosão, que danifica galeria de águas pluviais, que por sua vez aumenta erosão e muitas vezes danifica a rede de esgoto da Sabesp. A cada período de chuva normalmente ocorre isso”.
Juninho Parodi (Avante) perguntou se “chegou água no Vivendas do Engenho D’Água? Há alguma dívida da Prefeitura com a Sabesp?”. Comentou ainda sobre desperdício, períodos de estiagem e ações educativas da companhia. O gestor da Sabesp esclareceu: “O Vivendas é atendido em todas as fases, desde que tenha edificação, com documento que comprove propriedade e identidade”. Em relação à estiagem, “temos uma certa tranquilidade pelo nosso manancial no rio Atibaia, no qual os ribeirões despejam quantidade suficiente para atender o município. Além disso, as barragens regulam a vazão”. Já as dívidas de contas de água estão sendo tratadas com a Administração. “Foi feito parcelamento e a Prefeitura está pagando”, afirmou. Sobre o desperdício de água: é considerado aceitável no estado 325L/ramal por dia de perdas. Em Itatiba, o índice é 198. “Temos novos sistemas de monitoramento que tem auxiliado muito”. Com relação à educação ambiental, “tínhamos programação de fazer visitas nas escolas, mas infelizmente nesse momento não é possível. Temos profissionais na Sabesp capacitados para levar educação ambiental para as crianças”, afirmou.
“Existe planejamento de um grande reservatório para a cidade a longo prazo?”, indagou Júnior Cecon (DEM), que também lembrou de reclamações em operações tapa-buracos. “Não temos nada previsto além das duas barragens, mas temos condição tranquila com relação ao abastecimento. As últimas reclamações de pavimentação foram relativas a obras para a Sabesp e não dela, como as ocorridas em empreendimentos no bairro Santa Cruz. A gente não tem controle sobre essas empresas. A Prefeitura tem ajudado a cobrá-las”, disse Stocco.
Igor Hungaro (PDT) questionou a respeito da revisão tarifária. “Quando se tem aumento tarifário é geral, não por conta da revisão do contrato. A Sabesp todo ano faz prestação de contas para a Prefeitura e Câmara”, respondeu Wilson.
A pergunta de Fernando Soares (PSDB) foi a respeito da situação do bairro Chavini e Castro. “Tivemos problema com a área de implantação do reservatório. Falta regularizar a desapropriação, mas estamos tratando com a Prefeitura. Está bem adiantado”, revelou Wilson.
Sobre o mesmo bairro, Ailton Fumachi (PL) perguntou se há demora para a chegada da adutora de água e coletor esgoto. Além disso, questionou sobre o financiamento nas obras do Real Parque Dom Pedro. “No orçamento de novas obras, quem arca com o custo? E na ampliação das redes de água e esgoto?”, levantou o vereador. Wilson afirmou que a rede do Chavini e Castro não tem custo para moradores. “A Sabesp leva a água até a entrada do loteamento; a parte interna tem que ser assumida pelos interessados. A Prefeitura viabilizou as redes de água e esgoto a fim de possibilitar pavimentação e a Sabesp ficou responsável pela adutora”. No Real Parque Dom Pedro, a Prefeitura está contratando para fazer a rede de água e esgoto. Após concluída, a Sabesp tem compromisso de levar água e fazer afastamento do esgoto.
Leila Bedani (PSDB) comentou sobre o trabalho na área ambiental. Wilson lembrou que a empresa tem um grupo voltado para esta área. Nas ações, destacam-se o aprimoramento do tratamento de esgoto e o peixamento no Rio Jacaré.
Contato
Wilson Stocco apresentou os canais de atendimento ao público. A Central de Atendimento da Sabesp funciona pelos telefones: 0800 055 0195 ou 0800 016 0195 (pessoas com deficiência auditiva ou de fala). O e-mail é atendimentocomercialrj@sabesp.com.br. Já o WhatsApp da Sabesp Itatiba é o (11) 97419-7246. Além disso, é possível o contato pelo aplicativo Sabesp Mobile.